Em 2024, a Rede de Mobilização Social de Vidal Ramos lançou uma mobilização especial, convidando os moradores a enviarem fotos das arquiteturas que compõem a paisagem do município. Mais do que apenas destacar construções, o objetivo foi contar as histórias por trás dessas edificações, valorizando o que há de mais importante: as histórias construídas ao longo do tempo, não só de materiais, mas de famílias e comunidades.
Após uma votação popular, as doze fotos mais votadas foram selecionadas para integrar o calendário de 2025, eternizando a memória desses locais que carregam em si não apenas tijolos, madeira e concreto, mas as lembranças e a identidade de nosso povo.
Aqui, você pode conferir as imagens vencedoras que compõem o calendário, além das demais fotos participantes, cada uma com sua própria história e significado para a comunidade de Vidal Ramos.
Inscrição realizada por: Kênia Elis Kuhnen
Esta casa foi a residência do Sr. Senos Feuser e Noêmia Bett Feuser, construída em 1959, pelos construtores Vendolino e Lindolfo Kuhnen. A primeira casa de tijolos da comunidade. A casa que abrigou um casal feliz e seus 12 filhos, Norma, Normândia, Neolândia, Neusa, Neusita, Nilva, Ademir, Ademar, Adelar, Bráz, José Carlos e Neide. Ali, as portas estavam sempre abertas para a comunidade. Senos e Noêmia participaram da estruturação da comunidade Blink, inclusive da construção da capela de Santo Antônio. Nos anos 50 e 60, Senos era Intendente de Justiçae recebia as pessoas nesta casa. Mais tarde, ela passou por reformas e nova pintura, por isso é conhecida como “A Casa Azul”. O espaço segue servindo a comunidade, sendo local de encontros de crismandos, retiros e outros grupos religiosos. Hoje pertence a um dos 12 irmãos e continua, para a família, sendo chamada “A Casa da Nona”!
Inscrição realizada por: Amábile Natália de Souza
Construída na década de 60, por Luiz Barni e família, a casa está localizada na comunidade Cinema. Originalmente, era utilizada como pousada que abrigava comerciantes e viajantes em longas jornadas. O local também servia como um pequeno restaurante. No mesmo terreno, havia uma serraria com roda d’água e uma tafona, complementando o cenário característico do interior.
Quando Luiz faleceu, a casa passou a ser de seu filho mais novo, que morava em Brusque e decidiu colocá-la à venda, pois não tinha interesse em continuar com as atividades que já eram realizadas no local. Zeca e Maria de Souza decidiram comprar a casa. Agora, a antiga pousada se torna um bar e uma pequena mercearia, essencial para os moradores da comunidade Cinema, que encontravam ali produtos de necessidade diária.
Os dez quartos no segundo andar, numerados e divididos, ainda guardam camas de casal e solteiro da época. No primeiro andar, há mais quatro quartos, além de duas salas e uma cozinha. A casa também possui um porão, um poço e uma área aberta que serve como lavanderia. Ao lado da casa, uma figueira foi plantada quando ainda pertencia a Luiz Barni. Ela serviu de ponto de referência da comunidade e de abrigo onde os alunos aguardavam o transporte escolar.
A figueira segue imponente ao lado da casa que segue sendo a residência de Maria.O bar permanece funcionando, sendo ponto de encontro da comunidade e fazendo parte da história de Vidal Ramos.
Inscrição realizada por: Leandro Lyra
As margens do Rio Garrafão, na rua Santa Cruz, no centro da Cidade de Vidal Ramos, encontra-se uma bela morada, denominada hoje como: “Casa do Leandro e da Coelha”.
Esta Casa foi idealizada por Leandro José Lyra (Aldo Lyra, in memoriam) e sua esposa Maria Evelina Barni Lyra (in memoriam), construída no ano de 1959 pelo carpinteiro Valdemiro Alexandrino (in memoriam) que apesar de possuir somente uma das mãos, tinha habilidades fora do comum no exercício de sua atividade. Sabe-se que o primeiro morador foi um funcionário do seu Aldo Lyra e logo em seguida sua filha Gertrudes Lyra Schmidt e seu marido Silvestre Schmidt (in memoriam).
Em 1962 a casa recebeu novos proprietários, o filho Aldo Batoreté Leandro Lyra (in memoriam) e sua recém esposa Iolanda Rocha Lyra (Landa) que ali residiram por mais de uma década. Dona Iolanda relata momentos inesquecíveis vividos nesta morada, onde havia um quintal com muitas frutas e verdura protegidas com um cercado de estacas e um belo jardim com flores. Lembra também, que havia um galinheiro e o rancho das vacas bem próximo a residência, sem esquecer que na casa existia um forno a lenha que assava muitas delicias. Conta que por algumas vezes, quando anoitecia e surgia algum barulho estranho, ela corria e se abrigava no Sótão (dormitório da casa) até a chegada de seu marido. Foi nesta casa que dona Landa, com auxílio da parteira Dona Veronica Buss (in memoriam) deu à luz aos seus três primeiros filhos, Isabel, Estelita e Leandro. Em 1975 o casal se mudou e a casa passou a ser morada de famílias arrendatárias até o ano de 1992. Deste período, os filhos mais velhos do Bato e Landa, se lembram da bela vivência com as grandes famílias de Valmor Pereira, Renato Selhorst, Francisco Tabarelli, Vilson Ermes (in memoriam) e José Bomfim Ribeiro (Zé Patroleiro), onde nesta casa construíram parte de suas histórias e que muito contribuíram para o progresso de Vidal Ramos. Muitos que moraram nesta casa merecem ser lembrados, mas como exemplo tomamos a liberdade de relatar um pouco da história do atual vizinho do imóvel, Moacir Pereira um dos filhos do seu Valmor Pereira, que com saudades relata momentos inesquecíveis vividos nesta casa junto a seus irmãos, seus pais e a família do seu Bato Lyra. Abraçado a sua atual esposa Nilsa Malicheski Pereira (Nina), mostra fotos que relembram a bela festa de casamento que aconteceu dentro desta casa no ano de 1975. Outro depoimento vem da Ernestina Pirhardt Ermes (Titi) que também lembra com carinho de ter morado nesta casa com seu marido Vilson Ermes, cunhados e filhos.
Em 1992 com o casamento de Leandro Geronimo Lyra e Marise Adriani Coelho Lyra seu Bato Lyra e dona Landa presenteiam os recém casados com a casa. Nela eles moraram por dezoito anos, quando em 2010 resolveram alugar o imóvel por um curto período de tempo para a Empresa SMA e conseguem recurso para restauração da casa, onde voltaram a residir em 2012 até 2023. No ano de 2024 adaptaram a morada para o Senhor Pedro José Coelho, pai de Marise, que com seus atuais 98 anos de idade utiliza a casa aos finais de semana para receber amigos e familiares.
Leandro e Coelha, atuais proprietários, relatam que esta morada sempre foi motivo de muito orgulho, local de sonhos e conquistas de muitas famílias. Leandro, emocionado, fala de momentos inesquecíveis junto às pessoas que aqui moraram: “Esta casa foi construída pelos meus avós para os meus pais, nela eu nasci, cresci, fiz muitos amigos e construímos nossa família”.
Inscrição realizada por: Pedro Eyng
Localizada na comunidade Rio das Pacas, esta igreja foi construída no início do ano de 1950 e inaugurada em 31 maio 1953.
Os tijolos utilizados foram feitos na comunidade pelos próprios moradores.Os voluntários auxiliaram com a mão de obra para construção e doando todo material, desde a fabricação dos tijolos até a preparação das madeiras que foram usadas.
Em frente a capela tem a gruta nossa senhora de Lourdes, com data de inauguração em 18 de fevereiro de 1999.
A celebração do santo padroeiro se realiza no dia 06 de agosto e temos muitas graças alcançadas através da fé em nosso padroeiro. A gruta e a igreja são visitadas também pelos peregrinos e turistas.
Hoje a comunidade tem a participação de 85 Famílias e tem uma tarefa muito especial, zelar pelo patrimônio construído com todo carinho. É nossa casa de oração, o lugar de encontro com Deus.
Inscrição realizada por: Tânia Back
Localizada na Rua Santa Cruz, construída em estilo alemão, esta casa foi erguida pela família de Francisco Goedert, há aproximadamente 100 anos. Posteriormente, foi adquirida pelo, Sr. Fredolino Back, que faleceu aos 44 anos. Após sua morte, a casa foi abandonada e passou a abrigar cinco idosos, até se transformar em ruínas abandonadas. Aproximadamente em 1983, o filho de Fredolino Back, o Sr. Tomaz Back e sua esposa Terezinha Felipe Back, que residiam em um sítio, que foi atingido por uma enchente, decidiram comprar o que sobrava da casa. Foram necessários grandes esforços para reconstruí-la. O casal teve oito filhos e permanecem morando, nesta casa, atualmente, ela com 75 anos e ele com 83. A casa apresenta um sótão, estruturado interiormente em madeira antiga, bem preservado ao longo dos anos. As paredes da casa são duplicadas em tijolo maciço, originalmente como a tradição alemã da época, contêm cinco quartos pequenos conectados por um corredor estreito. O assoalho de madeira percorre pelos quartos. A casa, também inclui uma cozinha ampla, duas salas espaçosas, dois banheiros e uma área destinada para eventos. Esta casa é lar de uma família alemã, e testemunha de inúmeras histórias.
Inscrição realizada por: Mirian Kuhnen Leandro e Márcia Bresciani Junglos
Uma das casas mais antigas localizadas na Estrada Geral, no Salseiro, Vidal Ramos, pertence ao casal Ivo Fridolino Junglos e Márcia Bresciani Junglos e permanece até os dias de hoje, basicamente, com seu aspecto original.
Construída em 1946, sob encomenda do primeiro proprietário Antônio Boing, casado com Nivaldes Michels Boing. O mesmo era alfaiate e transformou a sala principal em seu local de trabalho. Por ter deficiência nas pernas usava muletas e deixou sua marca registrada na madeira do assoalho desta sala. Para não precisar levantar para atender a clientela, apenas firmava o pé no chão e girava seu corpo de um lado para outro. Na madeira ficou um círculo desgastado pelo atrito bem perceptível, marcado até os dias de hoje.
No ano de 1966, a cada foi comprada pelo casal Fridolino Junglos e Mathilde Rocha Junglos. Como tinha uma família numerosa, 14 filhos, a casa estava de bom tamanho. Com três quartos no sótão e três na parte de baixo, abrigava a família com perfeição. Localizada próxima à igreja na década de 70 era bastante frequentada por jovens que ali se reuniam após o culto de domingo para tocar gaita, violão e cantar. Neste período, a casa abrigava uma biblioteca, idealizada pelo professor Arnito Boing, com o intuito de propagar o hábito da leitura entre os jovens da comunidade. Os livros eram organizados nas mesmas prateleiras que o alfaiate guardava roupas e tecidos. Tinha um bom acervo e a procura pelos livros era bastante intenso. A energia era gerada num dínamo próximo a residência, ficava aos cuidados da família Junglos, também compartilhada com alguns vizinhos. A pintura original apresentava uma faixa de flores pintadas a mão, próximo ao teto, que com o tempo foram encobertas com outras camadas de tinta.
Havia nos fundos da casa, uma cozinha de madeira e um tanque enorme para lavar roupas. Nesta cozinha, todas as noites, após o jantar rezavam o terço, sendo Mathilde, conhecida como Dona Tila, muito devota de Nossa Senhora Aparecida. A imagem da santa que pertenceu a Dona Tila, falecida em 1995, permanece na casa até hoje sob os cuidados de sua nora Márcia, esposa de Ivo.
Em 1991, com seu Fridolino já falecido, a propriedade foi escriturada em nome de seu filho Ivo Fridolino Junglos, quando passou por uma reforma significativa sem perder sua originalidade, substituindo a cozinha que era de madeira por alvenaria. A antiga foi adaptada para uma sala de TV, em anexo construíram também uma garagem, sofreu correções e pinturas nas paredes desgastadas pelo tempo, trocado as telhas e colocado calhas.
Os mesmos sofás do primeiro proprietário continuam com o atual, sendo apenas trocado o estofamento.
Jardim frontal que já foi construído junto com a casa, permanece intacto até hoje, apenas com a diferença de ter sido revestido com cerâmica, está sempre florido.
Existem na casa, muitos objetos e louças que pertenciam aos pais de seu atual proprietário.
Um móvel baú outrora utilizado para armazenar lenha para o fogão, agora é utilizado como mobília de apoio na hora do chimarrão, que é servido cedo de manhã, antes do café.
Anos depois, mais uma transformação realizada foi na varanda em frente a casa, anexo ao quarto principal, uma parte dela foi usada para construção de uma suíte, reduzindo assim o tamanho desta varanda.
Na cozinha tem um armário embutido construído com tijolos,nele estão guardadoslouças que pertenceram a dona Tila.
Com uma nova pintura agendada para breve, Ivo e sua família manifestam seu desejo de morar e zelar por esta linda residência para sempre.
Inscrição realizada por: Isolange Boing
Construída em 1938, pelo casal João Boing e Maria Rocha Boing, a majestosa Casa Boing, está localizada no centro da cidade. Feita de frondosas paredes duplas de tijolo maciço, fabricados ali mesmo no local da obra, sapatas de pedra bruta alicerçando e mantendo-a desafiante ao tempo e aos poucos recursos da época. Nesta casa o casal, João e Maria, tiveram 11 filhos, Teobaldo, Valdemiro, Antônio, Angelo, João, Rainilda, Olinda, Irma, Emili, Maria e Emília. A Casa Boing, ao longo dos seus 86 anos, abraça, com seus arcos acolhedores, a terceira geração da família. O próximo proprietário foi o filho Angelo que casou com Maria do Carmo Bizarri e tiveram 5 filhos nesta casa, Isoli, Isolange, Ivair, Ivã e Ivandro. Atualmente a casa pertence ao filho de Angelo, Ivair Boing, e sua esposa Vanderleia Costa Boing, e seus filhos Thiago, Túlio, Tatiane, Tamires e Thais.
A casa permanece agraciando o coração da cidade de Vidal Ramos atraindo olhares de admiração das diversas pessoas que por ela passam ou a visitam, protagonizando registros fotográficos memoráveis por sua imponente beleza arquitetônica.
Inscrição realizada por: Maiara Leão Constante
Residência localizada na comunidade de Salseiro, foi construída no ano de 1947, pela família Boing. Na década de 60, Leondina e Olindo Junglos passaram a ser os proprietários.
Em 1996 a residência passou por reforma, onde todo o telhado foi substituído e construído garagem e cozinha.
A proprietária relata, que a residência foi uma grande conquista para toda a família. Foi nesta casa que nasceram, com a ajuda de 3 parteiras da cidade, 8 de seus 9 filhos, apenas o mais novo Joel, nascido no ano de 1977, que nasceu em hospital.
Maiara, neta de Leondina, relata que a casa possui um sótão, onde a mesma e seus primos, adoravam brincar, assim como o pequeno lago, ao lado da residência, que todos os netos e bisnetos tem a oportunidade de tratar os peixes.
“Casa dos avós, é sinônimo de acolhimento e boas lembranças”.
Inscrição realizada por: Ana Ern Zeitz
Em 1925, o casal Guilherme Augusto Ern, Emma Boing Ern e
seus 6 filhos se estabeleceram na comunidade salseiro. Viveram ali até 1930 e devido alguns problemas que ocorreram foram morar em Brusque. Em 1940 retornam para o salseiro e em 1945 construíram esta casa, feita de tijolo maciço. Ervino, filho do casal, contava que ajudou a construir a casa até fazer 18 anos e ir para o exército. Ele afirmava que ajudou a carregar dez mil tijolos e os outros dez mil foram carregados pela irmã Lúcia. Em 1948 Ervino casou-se com Cecília Schmidt Ern e permaneceram morando nesta casa junto com o fata e a mota. Após o nascimento da primeira filha de Ervino e Cecília, Valéria, a mota Emma faleceu e o fata Guilherme seguiu morando nesta casa e trabalhando na roça junto com seu filho Ervino. O casal teve mais oito filhos, Elcio, Albertina, Vanio, Vanda, Adelino, Luiz Carlos, Ione e Marci. A família possuía uma grande quantidade de porcos que consumiam e vendiam. Plantavam grande quantidade de milho, batatinha, feijão e mais tarde passaram a plantar fumo.
Em 1975 a casa passou por uma reforma, foram retiradas as casinhas das janelas no sótão e o reboco. O fata Ervino decidiu fazer algo diferente nas paredes, jogando pazadas de cimento deixando o relevo. A casa foi pintada de amarelo.
Em 1998 a mota Cecília faleceu e a família do filho do casal, Adelino, foi morar na casa para cuidar do fata Ervino. Portanto, passaram a morar ali o casal Adelino e Clotilde e suas três filhas Ana, Andréia e Carla. O casal permanece residindo e zelando por esta casa que guarda a história desta grande família.
Inscrição realizada por: Elisete Rocha de Souza
Localizada na comunidade Salseiro é um sinônimo de força e união da sua comunidade, a ideia da construção da capela surgiu em 1933, em virtude da necessidade de um espaço maior para realização dos cultos e celebrações comunitárias.
Desde o planejamento da construção até a sua conclusão, tudo foi feito por meio de mutirões realizados pelos membros da própria comunidade, sendo exemplo de organização e determinação da sociedade local.
A escolha do local da capela teve como principal influência a altitude, sendo um lugar para que todos pudessem ver a igreja e ouvir o badalar do sino, simbolizando estar mais perto do céu. A arquitetura criada pelos moradores comunica valores, como a soberania de Deus, a realeza de Cristo e a valorização do homem, expressos através de formas, cores e luzes no ambiente da igreja. Por fim, após muito trabalho, em 1937 foi celebrada a missa de solenidade da inauguração.
Em 2010 foi realizada uma reforma da parte interna da capela, onde deparou-se com a feliz surpresa de encontrar a pintura original, a qual apresenta uma exuberância de arabescos cobrindo o teto e as laterais, sendo restaurado e mantido até hoje conservando a originalidade do local e preservação de sua história, considerada pelos moradores como um rico acervo arquitetônico e histórico do município de Vidal Ramos, motivo de orgulho e exemplo do trabalho de toda a comunidade.
Inscrição realizada por: Adriana Dognini Fachi
O rancho que, inicialmente era uma casa, foi construído em meados de 1930 pelo Alexandre Pavesi que possuía apenas uma mão. Era de posse de José Raimundo Milvestete, posteriormente vendido a Santo Fachi no ano de 1962, sendo moradia de sua filha Alvina Fachi Bresciane (em memória) e seu genro Valdimiro Bresciane, que moraram por dois anos nele e tiveram sua filha Rosita Fachi. Ao passar dos anos ficou de herança a seu filho João Fachi (em memória), e hoje o rancho está sendo preservado e cuidado no modelo antigo e como um museu de antiguidades da família. Atualmente ele continua na família pertencendo a Edson Fachi, Fabio Fachi e Sonia Fachi.
Inscrição realizada por: Gerusa Boing
Localizada na comunidade Salseiro a casa possui arquitetura alemã de estilo enxaimel, telhados inclinados e detalhes em madeira, a Casa Boing destaca-se como uma joia histórica. Construída entre 1942 e 1943, esta casa tem sido o cenário de inúmeras memórias da família Boing.
A casa foi originalmente habitada pela família de Afonso Boing, que a passou para Pedro Boing, depois para Arnito Boing, e finalmente para Valdino Boing. Em 1982, Fridolino Boing adquiriu a casa, onde ele e sua esposa Maria Schmitt Boing criaram seus três filhos: Renaldo, Lucia e Vilma. Já adulta, a filha mais velha não morava mais com os pais.
Renaldo e Vilma mais tarde também saíram de casa, mas as visitas frequentes eram momentos de celebração. A casa se enchia de vida com a presença dos netos, que brincavam e criavam novas lembranças. Casa Boing não foi apenas um lar, mas o coração da família, onde cada detalhe guarda histórias preciosas.
Atualmente, Lucia Boing, filha de Fridolino e Maria, reside na casa, mantendo viva a tradição e as memórias que fazem deste lugar um verdadeiro refúgio de lembranças felizes.
Inscrição realizada por: Waldete Tomazia Molinari
O casal José Antônio Milverstet e Alma Dognini Milverstet residiram nesta propriedade, localizada na comunidade Fatura, desde do casamento, em 1945. Tiveram 11 filhos e se criaram 9. Neste grande terreno, de aproximadamente 80 hectares, o casal plantava muitas culturas como fumo e milho, além da criação de gado e porcos. Neste local havia também um campo de futebol que a comunidade frequentava nos finais de semana. Assim como um comércio, da família, que atendia muitas necessidades das pessoas da região. As frutas, linguiças, torresmo, banha, produzidos pela família, eram levadas para serem vendidos em Brusque. No comércio, instalado na antiga casa, eram vendidos secos e molhados, tecidos e ferramentas. O comércio era atendido por fornecedores e foi muito importante para o desenvolvimento da comunidade.
Em 1974 foi construída esta casa, no mesmo terreno, e o comércio seguiu funcionando. A família estava sempre reunida e mesmo aquelas que já haviam saído da casa, vinham visitar os pais e nunca voltavam pra casa de mãos vazias, os pais faziam questão de oferecer o que tinham, porco, galinha, ovos, frutas. Os netos que tiveram a oportunidade de conviver com os avós e frequentar esta casa, também tem lindas memórias deste lugar. Em 1994 José Antônio faleceu e Alma continuou morando nesta residência e manteve o comércio até 2007. Então, a nona precisou de cuidados e quase todos os filhos ajudaram e acolheram em suas casas, até vir a falecer em 2022. O terreno foi vendido, mas a residência permaneceu com os filhos. Em agosto de 2015, o filho do casal Evaldo Milverstet e sua esposa Waldete Tomazia Molinari, foram morar nesta casa e realizaram algumas melhorias. Hoje eles residem em Joinville, mas a casa ainda é conservada e permanece como propriedade de Evaldo e Waldete que a utilizam como casa de sítio.
Inscrição realizada por: Soéli Rohden
Inaugurada em 16 de setembro de 1951 a Capela de Santo Antônio fica localizada na comunidade de Cinema.
Sua construção foi possível graças a união das comunidades de Chapadão do Tigre, Fartura, Areia Alta e Cinema.
Sua construção foi rápida, mas não foi fácil pois os recursos eram escassos.
Ao longo dos anos a Capela passou por várias reformas, mas sempre preservando o seu estilo gótico romano.
Por ser uma comunidade onde praticamente todos os habitantes eram descendentes de italianos, padre Bernardo o grande apoiador e incentivador na construção da Capela, sugeriu que o santo padroeiro fosse Santo Antônio pois ele percorreu toda a Itália pregando o evangelho de Cristo.
Inscrição realizada por: Francisco Stolfi
Construída no ano de 1960 e localizada na comunidade de Cinema. Construída por Santo Ogliari e Anna Pedrini Ogliari avós de Francisco Santo Stolfi atual proprietário da casa.
Adolfo Bruns um dos maiores pedreiros e carpinteiros da época, foi o responsável pela construção.
A madeira da casa é praticamente toda em canela e contém parede dupla e tripla, o que era novidade para época pois as casas eram todas fechadas com mata junta, o que faz da casa um diferencial moderno e sofisticado.
Santo Ogliari era sócio majoritário da Serraria da comunidade de onde veio toda a madeira usada na construção. Na casa contém um sótão que nos anos 60 era usado para alojar os trabalhadores da Serraria. A varanda ainda é o local acolhedor da casa pois, até hoje, é onde as pessoas se reúnem para uma boa conversa acompanhada sempre de um cafezinho. Uma das primeiras casas da região que teve energia elétrica, primeiro tocada com dínamo e auxílio da Serraria. Mas, como não funcionava muito bem, o nono Santo Ogliari
passou a usar a iluminação a gás, o que fazia com que a casa fosse sempre frequentada pelos vizinhos e compadres, e claro, muitas crianças.
Essa casa é o orgulho de uma família de coração bom, honrado e acolhedor.
Inscrição realizada por: Débora Andrade
A casa conhecida como Confeitaria Tante Mila, foi construída em 1935. Tendo como proprietários Max Haffemann em 1938, Francisco Xavier em 1968 e Aluysius Back desde 1971.
O casal Aluysius e Flora, que moravam e trabalhavam com tafona e serraria na comunidade de Salseiro, deixaram o interior e vieram para cidade, após adquirem a casa e abriram um hotel e restaurante, com nome de “Casa Marcia”.
Antes da aquisição por seu Aluysius a casa por muito tempo foi uma farmácia, do senhor Max, e em algum período da história ela foi sede do governo estadual, por aproximadamente uma semana.
Hoje a casa pertence a Emília Back Andrade, filha do casal, que durante muitos anos esteve a frente do hotel e confeitaria Tante Mila junto de seu esposo Mario Andrade (em memória).
O local ainda acolhe viajantes e muitos peregrinos, de forma simples e muito hospitaleira, fazendo que todos se sintam em casa.
Oferecem também espaço para eventos, venda de biscoitos e geleias.
Inscrição realizada por: Ana Luiza Bento
Localizada na comunidade de baixo Molungu, esta casa foi construída há cerca de 75 anos. O pedreiro foi Baldoíno Haas e seus ajudantes Henrique Petry, Silvestre e Vendolino Schmitz. A estrutura é feita de tijolos maciços, reboco feito de areia e barro e não possui nenhuma amarração de ferro.
O casal Henrique Petry e Elizabeth Schmitz Petry, foram morar na casa e constituíram a família de 5 filhos, Dionísio, Simão, Rosalina, Terezinha e Maria, todos nascidos nesta casa. Os anos passaram, as crianças cresceram e neste lugar realizaram o casamento da filha Rosalina com Gentil Batista. A comida foi feita pela família e os enfeites eram folhas de coqueiro. Mais tarde, Maria, outra filha do casal, casou-se com Anestor Bento e passaram a residir nesta casa, onde tiveram uma filha, Ana Luiza Bento. A família permaneceu morando na casa até 2012 e hoje zelam pela construção que guarda tantas memórias. O sonho de Maria é realizar os reparos necessários e manter o patrimônio na família.
Inscrição realizada por: Zenaide Leandro
A casa, localizada na comunidade Molungu, foi construída em 1948 pelo casal João Leandro e Berta Doerner Leandro. Augustinho, filho mais novo do casal, tinha 7 anos e contava que, quando chegava da escola, ajudava na construção carregando os tijolos. A casa não tem nada de cimento e os tijolos foram feitos pela própria família com 6 filhos: Vendulino, Silvino, Bertolino, Blandina, Olívia e Augustinho.
Quando Augustinho se casou com Helena Jöink Leandro, eles permaneceram morando nesta casa junto com seus pais. E assim a família seguiu aumentando, ali nasceram as filhas do novo casal, Nair e Zenaide. Foi então que a família de Augustinho comprou outro terreno próximo e foram morar em outra casa, onde nasceram mais três filhas Salete, Marli e Vania. Oito anos depois a Senhora Berta faleceu e Senhor João permaneceu alguns anos morando na casa, depois decidiu ir morar com o filho Vendulino. É neste momento que a família de Augustinho retorna para esta casa e o casal tem mais dois filhos, Roberto e Rogério.
A família permaneceu residindo nesta casa por muitos felizes anos. Helena faleceu em julho de 2020 e Augustinho permaneceu morando na casa, junto com sua filha Nair, recebendo os cuidados e visitas de Zenaide e dos demais filhos, até o seu falecimento em julho de 2024.
Até hoje a estrutura permanece a mesma, o mesmo reboco, as mesmas janelas, foi apenas pintada e reformada a varanda e forro do sótão. A família pretende preservar o patrimônio que guarda tantas memórias.
Inscrição realizada por: Andréia Boing
A casa, feita com parede dupla de tijolo maciço e areia, localizada na comunidade salseiro, bem ao lado da estrada geral, foi construída em 1944 pelo pedreiro Vendolino Cunha. A casa pertencia a Emílio Boing e Celestina Gorges Boing, onde nasceram os filhos Valdemar, Liberto, Laide, Lori e Carlos. Em 1970 o filho Liberto, vendeu a propriedade para Simão Boing e Otília Back Boing, onde viveram com os filhos Pedro, Egon, Alzira e Valmor. Os demais filhos do casal, Aldo, Arno e Nilza já eram casados e Jaime morava na Alemanha.
Em 1975, Egon casou-se com Marlene e tiveram três filhos nesta casa, Daniel, Dirceu e Danilo. o Fata Simão já havia falecido e a Mota Otília seguiu morando com a família do filho Egon.
Depois que o casal Egon e Marlene foram morar no centro da cidade, a residência passou a ser alugada para outras famílias. A casa permanece sendo conservada e as famílias guardam as lembranças dos momentos que ali viveram.
Inscrição realizada por: Salete Filippi
Casa, localizada na comunidade baixo Molungu, construída pelo casal Nicolau Matias Filippi e Maria Zimmermann Filippi, em1945. Feita de tijolo usando cal e areia, a madeira utilizada é canela e peroba.
Nesta casa o casal Maria e Nicolau constituíram a família de 14 filhos: José Lino, Elfrida, Elminda, Osmarino, Leocádia, Laurino, Eleutério e Angélica. A família residiu neste lugar até 1967 quando o filho Osmarino adquiriu a casa e foi morar com sua esposa Ana Giacomelli Filippi. Ali viveram por 30 anos e tiveram três filhos, Mauri, Salete e Célio.
Hoje a casa continua pertencendo a OsmarinoFilippi e preservando a arquitetura original. A intenção da família é reforma-la para usar como casa de sítio.
Inscrição realizada por: Cintia Soares
Um importante patrimônio histórico tombado da nossa cidade. Construído em 1928 por Augusto Erich Stoltenberg, o casarão representa a arquitetura típica dos imigrantes alemães na região. Ele simboliza a riqueza cultural e histórica da comunidade local, sendo um testemunho das tradições e modos de vida dos primeiros colonizadores. Desde sua construção serviu como moradia e casa comercial atendendo a comunidade Praça Stoltenberg e comunidades vizinhas. Nos fundos, por muitos anos, funcionou um açougue que abastecia o comércio de Brusque, sendo que a mercadoria era transportada de carroça. Tau edifício já foi, também, o local de uma escola, e ainda, o escritório da fábrica de portas. Em 12 de outubro de 2010, um incêndio danificou algumas partes do casarão que foi reconstruído nos mesmos moldes do original.
A preservação da casa é crucial para manter viva a memória e a identidade cultural da cidade. O tombamento do casarão garante a sua proteção e valorização, promovendo o turismo e o interesse histórico na área.
Inscrição realizada por: Antenor Feuser
Na década de 30 os moradores da comunidade de Blink construíram a primeira igrejinha de madeira e ao lado uma escola. Onde ficava esta igreja hoje é o cemitério da comunidade.
Já em 1957, também com o apoio dos voluntários, construíram a capela de Santo Antônio. Os moradores das comunidades Praça Stoltenberg, Indaialzinho, Chapadão do Tigre, também se uniram para ajudar. As famílias disponibilizavam um ou dois e os demais seguiam trabalhando no sustento da casa. Senos Feuser e Elizeu Bett, que faziam parte do CPC, organizavam as famílias para formar as equipes de cada dia. Existem registros da primeira máquina de esteira que chegou na região, ela veio para fazer o chão da igreja e acabou abrindo melhor as estradas. Dando início a construção foi lançada a pedra fundamental. Haviam dois excelentes pedreiros comandando a obra, Lindolfo e Vendolino Cunha. Os tijolos vinham da olaria de Téofilo Machado, que eram transportados de carro de boi, cada carga comportavam 250 tijolos que eram bem maiores dos que conhecemos hoje. A areia foi retirada em pedras na própria comunidade. O cal vinha do Ribeirão do Ouro, na carroça. Os primeiros bancos foram doados por funcionários da empresa Stoltenberg Irmãos, os bancos seguem conservados na igreja. A imagem de Santo Antônio foi doada e buscada, em Curitiba, por Lucas Kemper. Elizeu Bett era capelão, catequista e professor e ainda conseguia tirar tempo para pintar as estrelas no teto da igreja. O primeiro CPC foi formado por Senos Feuser, Teófilo Machado, Elizeu Bett, Herminio Generoso, Nelson Kirchner.
Em 2018 foi realizada a reforma da igreja, através de uma grande mobilização de arrecadação de fundos, onde muitas pessoas, que tem alguma ligação com a comunidade, vieram para a festa e com isso a reforma foi paga quase toda a vista. Durante a reforma da igreja, foram surpreendidos por uma urna, que estava dentro de uma coluna e contia moedas e cédulas da época, que hoje estão num memorial, dentro da igreja, juntamente com a primeira ata do CPC e a ata da reforma.
Hoje a comunidade, que completa 100 anos em 2025, segue muito religiosa e zelando por este belo patrimônio que carrega a história de muitas pessoas.
Inscrição realizada por: Leila Regina Conaco
Por volta de 1961, foi iniciada a construção da igreja localizada na comunidade Campestre. Na época, haviam 70 famílias, residindo na comunidade, que foram divididas em 6 grupos de trabalho. Os tijolos foram feitos, pelos voluntários, na antiga olaria que havia na comunidade. Augusto Kuneski, que trabalhou na parte de madeira da construção, conta que a noite era necessário cuidar do fogo do forno que queimava os tijolos, não podiam pegar no sono para não queimar o produto.Os tijolos também eram produzidos para utilizar como troca ou vendidos para comprar outros produtos necessários para a obra. A madeira utilizada foi doada pelos moradores, cada um oferecia o que podia. O calutilizado foi transportado, em formato de pedra, e veio de Botuverá em um caminhão de cabine de madeira. O sino, que é mais antigo que a igreja e que está lá até hoje, veio de carroça da cidade de Nova Trento, comunidade Aguti. O responsável pelo transporte foi Henrique Montibeller. A imagem do padroeiro São José veio de Brusque até o centro de Vidal Ramos na mula do correio, ao chegar Lino Montibeller e Edino Rubick foram buscar, amarraram numa vara e carregaram nas costas até a igreja no Campestre. Lino, afirma brincando que este trajeto foi possível porque “O santo não pesava, decerto não tinha pecado”A igreja foi inaugurada em 08 de dezembro de 1963, a data está registrada em uma das colunas onde há também uma urna que guarda documentos antigos.
A primeira diretoria era composta por quatro famílias, sendo elas as de: Lino Montibeller (permaneceu por volta de 22 anos na diretoria), Isaac Tamanini, Francisco Pereira e Sebastião Del Angelo. Os primeiros rezadores foram: Francisco Kuneski, Lindolfo Jönck, Teresa Rubick, Isaac Tamanini e Sebastião Del Angelo. Os primeiros ministros foram: José Lino Montibeller e Heitor Milverstet.
A principal festa é a do padroeiro São José realizada no dia 1º de maio, que atrai pessoas do município, de outras cidades e também de famílias que ali moraram e que voltam para visitar e recordar as memórias ali construídas.
Inscrição realizada por: Carmem Lúcia Fink Lunelli
A história da antiga igreja matriz de Vidal Ramos inicia com a perseverança de um povo de união, fé e trabalho. Em meados de 1920 já havia uma colônia formada de famílias vindas de regiões próximas. As famílias católicas reuniam-se nas casas para rezar, cantar e conversar. Nessa época as rezas eram acompanhadas pelo violino do Sr. Rodolfo Finck e da Sra. Bete Rhoden. E assim iniciou em meio às rezas, canto e conversas a projeção de um espaço para as celebrações, uma igreja. Em 1934, com a orientação do Pe. Augusto Schwiling que vinha de Brusque, marcada com uma pedra, sinalizando o início de uma obra tão almejada.No comando da construção o Sr. Francisco Jacó Goerdert e o Sr.João Boing. Toda a comunidade colaborava de diversas formas, uns com animais e carroças para carregar os materiais, outros com mão de obra, que eram orientadas pelos pedreiros Francisco e Alberto Koenbach, José Wessel e o Sr. João Miguel da Silva.Uma época sem máquinas, a obra se destacava com sua majestosa arquitetura. Os tijolos vinham da olaria do Sr. Bertoldo Egídio de Souza. O cal e o cimento, vindos do Ourinho, eram trazidos pelas mulas do Sr.Sebastião Kreusch. As pedras foram extraídas nas pedreiras, eram cortadas com ponteiras e martelo e transportadas de zorra e carro de boi. Famílias como a de João Peixe, seu filho Lindolfo Peixe, seu genro José Frutuoso, passaram meses fazendo este trabalho de lavra. Em 1936, no dia 20 de janeiro, tendo como padroeiro São Sebastião, a obra é inaugurada. A celebração presidida pelo Pe. Germano Brandt de Brusque, foi de muitas bênçãos e gestos de gratidão. A comunidade já com um número maior de famílias, tinha um local próprio para suas celebrações, terços, encontros, doutrinas, missões, bênçãos especiais. Neste meio forma-se os grupos de cantos, cultura que se mantém e se destacam lindos trabalhos de música nos tempos atuais.Em 1951 a igreja é contemplada com lindo altar, motivo de festa na comunidade! Uma obra de arte em madeira nobre, construída pelo escultor Hugo Berns, de Imaruí.Todo o espaço e os arredores da linda igreja eram mantidos com muito zelo pelas mulheres como D. Maricha Bunn,Elza e Hilda Doerner,Evanilde Juttel,Matilde Prim, Lena e Luisa Leandro. As toalhas eram mantidas engomadas e passadas a ferro de brasa, apresentando beleza e capricho! O sino anunciava as celebrações e encontros e a comunidade correspondia ao chamado.Outra família que contribui muito para o funcionamento da igreja, foi a de Francisco Agostinho Koerich, que tinha um dínamo que gerava energia para a casa dele, para a igreja e para a casa do padre. Nas noites de celebrações a casa dele ficava no escuro para garantir as luzes fortes na igreja. Francisco Agostinho também era quem transportava o padre e o bispo, em seu carro, quando necessário. Em poucos anos a colônia se transforma em cidade, e mudanças acontecem. A igreja fica pequena e outro espaço surge. Mas a igreja, construída com tanta dificuldade e dedicação de homens, mulheres e crianças continua ali, de forma imponente diante de uma cidade que continua crescendo e transformando espaços e lugares, mas mantendo por muitas pessoas, a reverência a história, a obra e todo contexto que ela apresenta. Muitas reformas acontecem, mas sempre com o cuidado e respeito a arquitetura original de uma obra que por si só, conta a história da comunidade. Hoje a manutenção da capela é realizada pela administração municipal e ela continua tendo grande utilidade, para a comunidade, sendo a capela mortuária do município. Por muitos anos a igreja velha de Vidal Ramos é ocupada e apreciada também pela população de andorinhas, que por muitos dias dançam e descansam entre suas lindas torres apresentando gratuitamente um verdadeiro espetáculo!
Inscrição realizada por: Gabrielle Stoltenberg
A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Vidal Ramos é fruto do esforço de imigrantes alemães que subiram o rio Itajaí Mirim em busca de terras e de estabelecer suas famílias.
A construção da igreja começou em 1 de outubro de 1950. Depois de pouco mais de dois anos de construção, o templo foi consagrado no dia 31 de maio de 1953. Lamentavelmente não mais se tem registros do nome que recebeu esta construção. Normalmente, os templos luteranos recebem algum nome bíblico, como, por exemplo, Apóstolo Marcos.
O terreno para a construção foi doado pelas famílias de José Pessoa Maciel e Odilon Soares Pires por intermédio do procurador Walter Rhode, datando a escritura de 1 de junho de 1953.
Na história da Comunidade Luterana de Vidal Ramos constam nomes das famílias Wandrey, Bruns, Rhode, Strickstrack, Bruch, Johansen, Schäfer, Zeitz, Reucken, Büchling, Bourdot, Popenga e Stoltenberg. Hoje ainda existem algumas famílias que realizam o estudo bíblico na igreja.
A primeira reforma da igreja ocorreu em 1981, sendo reconsagrada em 29 de novembro daquele ano. A segunda aconteceu em junho de 1997. E a terceira em maio de 2011.
Historicamente a comunidade esteve ligada inicialmente a Brusque – de onde vieram os primeiros imigrantes – e depois a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Lontras. Atualmente a comunidade está ligada a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Bela Vista – Ituporanga.
Inscrição realizada por: Sandra Aparecida da Silva
Construída em meados de 1930, casa que não sabemos ao certo quem foi o primeiro dono, toda construída com paredes duplas e madeira de canela a vista, percebesse que, na época usou-se, pouco cimento pois as paredes são arenosas. Era dividida com um amplo sótão e salas bem grandes. Foi local de um armazém, parada de tropeiros, festas de igreja e casamentos. Em meados de 1960 foi comprada por Francisco de Pinho e sua esposa Maria Lopes de Pinho. O casal teve 11 filhos, 5 falecidos ainda crianças. Neste lugar, a família abriu um bar e padaria sendo esta a primeira de Vidal Ramos. Funcionava também um hotel, lugar que era muito conhecido pelas pessoas que tinham que ir para Brusque, dormiam e se alimentavam e no dia seguinte seguiam viagem. Com o passar do tempo o lugar ficou conhecido como Bar do Chico Pinho. Após o falecimento dos donos a propriedade passou a ser do seu filho Francisco Luiz de Pinho e sua esposa Sandra Aparecida da Silva, que realizaram algumas melhorias no estabelecimento. Funciona, nos dias atuais, uma pousada e restaurante, lugar este movimentado, principalmente, por trabalhadores que prestam serviços a Votorantim cimentos. Francisco, conhecido por Chiquinho, nasceu e continua morando na casa a mais de 50 anos e pretende zelar por este patrimônio que guarda muitas histórias.
Inscrição realizada por: Odilio Barni e Vilmar Barni
A casa, localizada na Avenida Jorge Lacerda, centro da cidade, foi construída por volta de 1957, pela família de Leandro José Lyra, conhecido por Aldo Lyra, e Maria Evelina Barni Lyra onde foram morar e abriram um bar. Neste local a juventude se encontrava junto com os filhos do casal, Baturité e Dário e quem cuidava do bar era a Dona Evelina. Na sequencia venderam a propriedade para Bastião Schmitz, que morava no Salseiro, o bar permaneceu funcionando, e agora quem tocava era o Jayme Júlio Will e sua esposa Irma Doerner Will até que, em 1962, Jayme foi transferido para outra cidade na sua profissão de coletor estadual de arrecadação de impostos. Então, quem compra o casarão é Gilberto Comandolli. Foi então que Odilio Barni, conhecido como Dilo Barni, alugou o local e seguiu tocando o bar. Foi nesta casa que Dilo casou com Tereza e passaram a morar ali, por aproximadamente dois anos. Depois disto, quem veio morar na casa e tocar o bar foi ogenro do Gilberto, Ivanor Werner, que era o responsável pelo correio do Ribeirão do Ouro para Vidal Ramos, e sua esposa Nelli Comandolli Werner, e permaneceram ali até meados de 1969. Foi então que, 1972,a casa foi adquirida pelo casal Ernesto Braz Barni e Irene Dunka Barni, que junto com seus filhos, foram morar na casa e também abriram um comércio de secos e molhados, chamado “Comércio de gêneros alimentícios Braz LTDA”. Em 1974, a família decide ampliar a construção(onde hoje funciona a feira) e ampliar também o comércio, instalando um mercado e uma loja de tecidos, comandada por Irene. Atrás da casa, construíram um galpão, onde armazenavam feijão, batata e cebola para venda. Na década de 90 este galpão passou a ser um depósito de bebidas. Em 2000, a loja de tecidos e o mercado foram transferidos para um novo prédio, construído pela família. O espaço voltou a ser alugado, desta vez para Marlene Laurindo Frutuoso que montou uma loja de tecidos e enxovais. A parte mais antiga, foi alugada por Marlene dos Anjos que tinha um salão de beleza. Depois disto, anos depois, os dois espaços seguem fazendo parte da história de Vidal Ramos, servindo de espaço de mais dois comércios, a Frutas e Verduras Martins e Loja de produtos de naturais Naturalmente.
Inscrição realizada por: Odenir Paulo Dognini
Em 1945, Tranquilo Dognini, comprou de João Gualberto Ribeiro um terreno onde construiu uma ferraria. Neste terreno tinha o início da construção de uma casa, havia uma pilha de pedras lavradas para o alicerce, tinha uma fossa com cal queimada e um rancho para depósito de materiais. Em outubro de 1946 iniciou a construção da nova casa para abrigar a sua família. Os pedreiros, marceneiros e carpinteiros que construíram esta casa foram Arno Hortman, Alfredo Bruns, Avelino Zimermman, Lindofo Doerner, Ernesto Cearense, Vendolino e Lindolfo Kuhnen. Neste terreno também foi cavado um poço de água com 12,5 metros de profundidade, feito por Lindolfo Doerner, Avelino Zimermman e Ernesto Cearense. Em primeiro de setembro de 1947, Tranquilo e sua esposa Maria Romana Lyra Dognini, com três de seus filhos, Osair Leandro com sete anos, Osnita com cinco anos e Odenir Paulo com três anos, foram morar nesta residência. A casa, sob a colina, era uma novidade na cidade, linda e imponente. Na nova casa nasceram mais 11 filhos, Osita Adelaide, Odilmar José, Odilce Maria(in memoriam) Orlando Vitório( In memoriam) Olimpio, Orival, Orli João, Orlandino Luiz( in memorian), Osia Carmem(in memorian), Osélio Felix(in memorian) e Ozani Luisa.
Maria Romana faleceu em 30 de julho de 1995 aos 75 anos e Tranquilo faleceu em 02 de agosto de 2009 com 93 anos de idade.
A casa passou por três reformas, sempre respeitando as características originais e hoje pertence ao terceiro filho do casal, Odenir Paulo, que reside no local e lembra emocionado das muitas memórias que ali construíram.
Inscrição realizada por: Edit Marly Will Detzel
Construída em 1945, na comunidade Salseiro, pelo casal Júlio Will e Maria Ramos Will que residiram ali por 38 anos. Os tijolos e telhas da casa foram feitos por Júlio e o filho mais velho, Jayme. O casal teve quatro filhos, Jayme Júlio, Emília Maria, Alcebíades Pedro e Edit Marly, que moraram na casa até se casarem.
Quando Júlio faleceu, em 1983, Maria foi morar com os filhos.
Quem ficou residindo na casa foi o “Seu Mané”, para cuidar da mesma. Depois disto a casa foi vendida para Euclides Rocha. Na sequência pertenceu a prefeitura municipal, por estar dentro do antigo parque da Doce Festa. E hoje faz parte do terreno da fábrica da Votorantim Cimentos e o espaço é utilizado como um escritório encantando os funcionários e visitantes.
Inscrição realizada por: Armelina Rezini Juttel
A casa, localizada na Avenida Jorge Lacerda, centro, foi construída por Vendolino Kuhnen, que era um conhecido pedreiro da cidade, e sua esposa Sibila Rohden Kuhnen, em 1948 e concluída em 1949. A família morou ali por muito tempo e ali nasceram os filhos do casal, Telma, Airton, Iria, Bete, Jair, Almir, Tania e Lia. O local também era utilizado como Correio, Dona Sibila era quem administrava e Clara Conilda Hessman Finck era a funcionária. O transporte das correspondências erafeito pelo Gilberto Comandolli, que levava e trazia, de carroça, de Brusque. Depois disso, a casa foi habitada por Aldo Gueiser e a sala da frente passou a ser uma farmácia.
Em 1973 Tarcísio Juttel e Armelina Rezini Juttel se casaram e o pai de Tarcísio, Leo Juttel, passou para ele o cartório e comprou esta casa. Ali cresceram os filhos do casal, Tarcísio, César e Alberto. A sala, antes ocupada pelo correio e pela farmácia, agora era o local do cartório da cidade que funcionou, neste endereço, até 2004.
Armelina, conhecida por Dona Nina, permanece residindo nesta casa junto com seu filho Alberto, conhecido por Beto Juttel.
Av. Jorge Lacerda, N.º 1180
Centro, CEP 88443-000
Vidal Ramos – Santa Catarina
De segunda a sexta-feira
07:30 – 11:30 | 13:00 – 17:00
(47)3356-2300
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