Vidal Ramos, 12 de maio de 2024 | Seja bem-vindo(a)!

Parteiras

Adelina Staimbach Constantino

Nasceu no dia 06/07/1919 em Teresópolis, um lugar que talvez já mudou de nome, fica na região de Florianópolis. Em 1940 foi para Brusque estudar e trabalhar no hospital e maternidade Carlos Renaux onde se formou parteira, na época se dizia “parteira profissional”. Veio para Vidal Ramos e se casou com Oscar Constantino e foi morar em Rio das Pacas. Ela atendia em muitos lugares, possuía todos os equipamentos necessários para o trabalho. Ela sempre quis trabalhar no interior pois entendia a necessidade das pessoas por seu trabalho que era voluntário, mas muitos davam alguma ajuda devido sua necessidade para criar seus filhos. A família conta que ela, as vezes, ficava mais de uma semana fora de casa fazendo partos e quando chegava era uma alegria de ver a mãe que sempre trazia algo.

Os filhos também contam que, em casos mais graves, as pessoas vinham até a casa dela ou de algum amigo ou parente para esperar o momento do parto.

Ela não tinha horário para sair, na hora que era chamada tinha que ir na chuva, sol quente ou frio da madrugada.  

Ela sempre ia a cavalo, tinha sempre um bom cavalo e uma de suas grandes dificuldades foi quando caiu de um deles e fraturou o braço, dificultando seu trabalho.

Ela faleceu muito nova, no dia 08/10/1971, eu era uma criança e me lembro que veio uma multidão de pessoas como nunca tinha sido visto em nossa comunidade. Foi sepultada no cemitério da comunidade de Rio das Pacas.

Ela ajudou a muitos a vir ao mundo através de suas mãos. A maioria das mulheres dizem que ela era carinhosa e enérgica quando precisava e tinha as mãos abençoadas por Deus.

Adilia da Cruz Cachoeira

Nasceu em 20/07/1920 em Orleāes. Em 1944 veio morar em Rio das Pacas junto com seu esposo e já alguns filhos. 

Seus primeiros passos de parteira foi auxiliando sua amiga Adelina Constantino e com ela aprendeu várias coisas. E logo Começou a trabalhar sozinha devido à grande demanda que existia na região. Sempre ia quando chamada, não importava o dia e horário. Uma de suas dificuldades era que não andava à cavalo, então se deslocava de charrete, carroça ou de pé pois gostava de caminhar.

Ela fazia o trabalho voluntário, tinha muita fé em Maria e sempre pedia a intercessão antes de qualquer trabalho que foram realizados na comunidade de Rio das Pacas e região. Muitas pessoas nasceram com o auxílio dela, também sempre ajudava a fazer aquela sopa de galinha que dizia que não tinha muita coisa mas era tão gostosa porque tinha aquela pitada de amo. Não gostava de tirar fotos, por isto é uma grande dificuldade de encontrar fotos dela.

Ela faleceu no dia 01/05/1987. Está sepultada no cemitério da comunidade de Rio das Pacas  

Deixa a todos muita saudade pelo carinho com que tinha pelas pessoas.

Carolina Fercondina da Conceição Olegário Radavelli

Nasceu em 10 de abril de 1899 no Ribeirão do ouro. Casada com José Radavelli teve 6 filhos, Génesia, Maria, Alice, João, Artur e Osvaldo. Morava na comunidade Cinema e realizava o trabalho de parteira nas comunidade Cinema, Fartura, Chapadão do Tigre e Areia.

Mais conhecida por Carola, mulher humilde, de estatura pequena e frágil, mas de alma gigante.

Não tinha instrução, mas tinha sabedoria.

Não tinha recursos, mas tinha amor e empatia.

Coração nobre e mãos abençoadas pelas quais muitas vidas vieram a este mundo. Pois sempre que uma mulher estivesse chegando perto da hora de dar à luz, chamavam a parteira Carola, e lá ia ela a pé ou a cavalo, fizesse chuva ou sol, com seu avental branco “quarado” e passado com ferro a brasa, ajudar mais uma mãe a trazer seu filho ao mundo. As vezes passava dias fora de casa, pois alguns partos eram demorados e difíceis, mas segundo ela, nunca houve óbito de uma mãe ou criança que ela tenha ajudado. 

Carolina faleceu em 02 de outubro de 1976, deixando aos seus familiares e conhecidos a inspiração de serem pessoas melhores e a também doar um pouco daquilo que temos ou somos para tornar o mundo um lugar melhor.

Christina Schaadt Barni

Nasceu de uma família batalhadora que emigrou da Alemanha para o Brasil e se instalou em Botúvera SC. Ela se casou com Angelo Barni, formou sua família com 9 filhos e foram morar na comunidade de Cinema, nessa comunidade adotou mais 3 filhos que criou com muito amor e carinho, sua família era muito acolhedora, ajudava os doentes e pessoas que precisavam.

Christina, popularmente conhecida como nona Barni, era uma pessoa muito querida pela comunidade, sendo muito religiosa e sempre presente ajudando na igreja de Santo Antônio na comunidade de Cinema, desempenhando um papel muito importante para o desenvolvimento do Munícipio de Vidal Ramos, pois além de sua jornada de trabalho na lavoura, cuidava da família e era parteira nas comunidades de Cinema, Fartura e Indaial.

O município de Vidal Ramos teve seu hospital inaugurado na data de 01/06/1976, antes desta data, as mamães fortes e determinadas, tinham seus bebês em casa com a ajuda de parteiras e da família que lhe traziam um pouco de proteção, coragem e amor para um momento tão esperado que é ter um filho.

A nona Barni fez mais de 50 partos nas comunidades, cada parto tem uma história de superação, garra e determinação e estes não tinham hora para acontecer, podia ser de madrugada, com frio e chuva ela pegava seu lampião e de pé se deslocava ao encontro da mãe, que estava em trabalho de parto, para ajudar a mesma na chegada de mais uma vida enviada por Deus. Estes partos, feitos pela nona Barni, hoje são contados por pessoas que nasceram por suas mãos com muito amor, carinho e gratidão.

Christina, também ensinou sua filha Maria Magdalena Barni Stolfi a fazer os partos e quando ficou doente sua filha, passou a fazer os partos nas comunidades e assim foram em torno de 40 anos ajudando a salvar vidas.

A todas as mães que tiveram seus partos em casa parabéns por sua coragem, vocês são exemplos e merecem toda admiração e respeito e a Christina Barni eterna gratidão por todas as famílias que ajudou com os partos realizados.

Eva Voitena Rubick

Os pais de Eva eram originários da Polônia, ela nasceu em 24 de dezembro de 1903, natural da localidade de Trombudo, município de Nova Trento, vivendo lá até casar-se com Romão Rubick. O casal gerou 11 filhos ainda morando em Nova Trento. A família migrou para a comunidade Campestre, mais precisamente em Barnabé/ Rio do Lauro, onde criaram seus filhos. Com a vinda dos netos ela desenvolveu a atividade de parteira auxiliando as próprias filhas e noras, e atendendo a todas mulheres que a procuravam. Dona Eva ajudou em, pelo menos, 50 partos. Os utensílios utilizados eram aqueles que as famílias tinham para ofertar e seu meio de transporte era a cavalo, tentando chegar o mais rápido possível. A babcia (avó em polonês) realizou estes atendimentos até a chegada dos atendimentos médicos, a princípio em Ituporanga. Um fato interessante sobre Eva, é que ela teria um grau de parentesco com o Papa João Paulo II, a família não tem muitas informações, mas a história é contada pelas gerações. Eva permaneceu em Vidal Ramos até sua partida no dia 19 de julho de 1979.

Inês Raiser Dutra

Foi casada com João Dutra, ambos eram naturais de Nova Trento e o casal teve 8 filhos, sendo eles: José, Genésio, Antônio, Pedro, Maria, Iria, Celsa, Tereza. 

Dona Inês foi parteira por diversos anos atendendo a região alta do município de Vidal Ramos, especialmente as localidades de Campestre e Tifa. Quando era chamada para realizar um parto, não importava as condições do tempo, e muito menos a hora que eram solicitados seus préstimos, se deslocava a cavalo, a pé e por último de carro, quando a buscavam assim. 

Por diversas vezes encontrava dificuldade para chegar nos locais dos partos, mas esse não era motivo para dona Inês deixar de atender a mulher que precisava dos seus cuidados. Havia também as complicações na hora de trazer as crianças ao mundo. Inês fez alguns partos complicados, todavia, conseguiu sucesso em todos. Sempre muito cuidadosa com sua higiene, antes de realizar os partos tomando todos os cuidados devidos para com a criança e com a mãe. 

Inês Dutra foi uma figura importante para as famílias que ela ajudou a trazer ao mundo com suas mãos. 

Ela faleceu aos 85 anos de idade no dia 14 de novembro, não sabendo informar o ano com exatidão, mas aproximadamente em 2001, seu corpo foi sepultado em Rio do Sul.

Josefa Wisnieki Detzel

Residia na comunidade Praça Stoltenberg, casada com Alexandre Detzel, tiveram seis filhos: Venceslau, Luiz, Verônica, Lauro, Osvaldo e Floriano. Sendo que Alexandre já possuía quatro filhos do primeiro casamento: João, Maria, Ana e José. 

Josefa aprendeu o oficio de Parteira muito cedo, tendo atendido aproximadamente 1.000 parturientes, pelas mais variadas localidades de todo município de Vidal Ramos e região.

Seu filho Luiz Detzel (in memoriam), contava que a mãe gostava dos afazeres da casa e da roça. Nos partos que ela ajudou, nunca houve óbito da gestante ou do bebê. Os deslocamentos, quando chamada, eram feitos a pé ou a cavalo, poucas vezes foram utilizados veículos.

Odete Junglos Detzel (in memoriam), nora de Dona Josefa contava que a vovó Josefa gostava muito de folhagens, frutas e cuidar de quintais, nas horas de folga ela ainda plantava junto com a sua amiga Herta Stoltenberg.

Josefa sempre usava um avental com um lenço muito branco na cabeça, sempre tinha no bolso deste avental um lenço impecavelmente limpo e passado, quando fazia um parto e os pais não possuíam faixa para usar no umbigo do recém-nascido, ela rasgava ao meio este lenço e o utilizava como faixa. Para esterilizar a tesoura ela esquentava bem na luz de querosene, antes de cortar o cordão umbilical. 

Odete contava também que a Vó Josefa gritava quando era chamada com urgência “Dete, acabe de limpar a casa para mim, ou então, termine o almoço, tenho um parto de emergência para fazer.”

O neto Osvaldo Abromovizt (in memoriam), contava que a vovó tinha uma bolsinha onde guardava os instrumentos de primeiros socorros utilizados nos partos, e entre estes havia uns pedaços de barbantes para amarrar o cordão umbilical. Osvaldo dizia também que Josefa realizou um parto, na comunidade Blink, que a criança já havia falecido na barriga da mãe, a parteira passou banha de porco e massageou até que o bebê morto saiu.

Dona Josefa faleceu no dia 02 de fevereiro de 1981, com 75 anos. A família lembra com carinho e admiração desta mulher que tanto contribuiu para a saúde do nosso município.

Maria Magdalena Barni Stolfi

Descendente de Alemães e Italianos, nasceu em Botuverá-SC e casou-se com Antônio Stolfi. O casal residiu na comunidade de Cinema, onde formou sua família com 18 filhos, sendo que teve todos em casa de parto normal e através destes filhos formou uma família bem numerosa com netos, bisnetos e trisnetos.

Maria sempre foi uma pessoa bem participativa na comunidade de Cinema, ajudando na igreja, nas festas da comunidade e hospedagem em sua casa de viajantes que passavam pela região, ofertando sempre um café, pão de milho com nata e docinho para as pessoas que paravam em sua casa. Nona Maria, como era conhecida, teve um aprendizado muito importante com sua mãe Christina Schaadt Barni. A mãe sempre a levava junto para fazer partos e lhe ensinou a ajudar as mães das comunidades de Cinema, Fartura e Indaial a terem seus filhos em casa, no período que Vidal Ramos não possuía hospital.

Quando sua mãe Christina ficou com mais idade e não tinha mais condições de fazer os partos, nona Maria assumiu este papel de parteira. A nona Maria fez os partos de seus netos, sobrinhos e de todas as pessoas que buscavam ajuda para o nascimento dos bebês que ocorreram até o período de 1976, ano este que foi fundado o Hospital de Vidal Ramos.

Gratidão a nona Maria, por ter contribuído para o desenvolvimento do Município de Vidal Ramos, e gratidão e admiração as pessoas da comunidades que eram tão unidas em um propósito, que era de ajudar ao próximo.

Tereza Kahl Schmitt

Popularmente conhecida como “Bastereza”, nasceu em Angelina, dia 07 de julho de 1883. Veio para Vidal Ramos após o casamento de seu filho Fridolino, que comprou um terreno, fez sua casa e foi buscá-la.

Logo descobriram que era parteira e sua fama se espalhou… Suas diligências geralmente eram montadas num cavalo.  Levava seus utensílios e em dias de chuva, ao chegar, pedia uma xícara de café com cachaça para rebater a friagem.

Quando as crianças estavam na posição sentada, realizava massagens na barriga da mãe até que o bebê ficava na posição certa. Após os partos ela preparava a sopa de galinha caipira para alimentar as mamães e dava dicas para ter bastante leite.

Em minha pesquisa as mães, hoje avós e bisavós relataram que nunca ouve óbitos de mães, nem de crianças. Dezenas de bebês vieram ao mundo pelas suas mãos, praticamente todas as crianças do Salseiro e também de comunidades de difícil acesso inclusive de outros municípios. Viveu até sua morte com seu filho Fridolino e esposa Maria e fez o parto de praticamente todos os seus netos. Era também benzedeira. Benzia para arca caída e para insolação.

Nos seus aniversários sempre acontecia uma grande festa onde era oferecido um grande café, seguido de dança. Toda a mulherada era convidada para uma espécie de ação de graças. 

Com o passar dos anos ficou cega, mesmo assim cuidava da casa e dos netos, enquanto tinha forças.

Seu café da manhã sempre era acrescido de “schnaps” (cachaça), tinha o hábito de tomar uns goles durante o dia, como ja estava acamada, batia na parede e as netas já entendiam o recado.

Não gostava que falassem português perto dela pois quase não entendia.

Faleceu com 103 anos, deixando 10 filhos: Germino, Gregório, Gabriel, Fridolino, Silvestre, Isidoro, Lidia, Maria, Lidvina.

Ursula Petermann Boing

Era natural de Brusque, nascida em 14 de setembro de 1923 casou muito jovem, aos 21 anos com Evaldo Boing, vindo de carroça em uma viagem de uma semana para morar em Vidal Ramos. Também se foi muito cedo aos 55 anos deixando 9 filhos vivos. 

Trabalhou como parteira por mais de 20 anos, inicialmente como prática, e depois como enfermeira obstétrica. Foi fazer o curso em Florianópolis em meados de 1953, com cinco filhos ainda pequenos que ficaram com o pai para que pudesse estudar. Morou no centro e na comunidade de Santa Luiza onde atendia mulheres para o que hoje chamamos de pré-natal, ela media a barriga das mamães, ascultuva os bebês e orientava para os cuidados antes do parto. E quando a hora se aproximava vinham buscá-la, e quando não era possível ela se ausentar, os partos aconteciam na casa de sua família.

Na época havia um carro apenas na cidade, do seu Augustinho, então as famílias vinham buscá-la de charrete, à cavalo, carroça ou como podiam. Não havia pagamento certo, muitas famílias pagavam com produtos da colheita, ovos, galinha ou um porco. O que a família podia, pois sua dedicação e entusiasmo em atender as mulheres e outros doentes nunca foi por dinheiro, e sim por amor ao cuidado com o outro!

Atuou no Posto de Saúde orientando os pacientes na ausência do médico que vinha apenas uma vez ao mês para a cidade. Após a inauguração do hospital, muitas mulheres ainda a procuravam para seus partos caseiros, e ela orientava para buscarem o hospital para terem seus bebês com mais segurança, pois tinham essa opção. 

Ela fez o parto do próprio neto, e de tantos rostos conhecidos em Vidal Ramos, mas além de parteira, era mulher, mãe e apaixonada pelo que fazia. A história dela é também a história da saúde da cidade e de muitos que vieram ao mundo por suas mãos.

Deixa um legado não só na memória de quem a conhecia e sua família, mas também no espaço de saúde que ajudou a consolidar.

A família sente-se honrada pela homenagem que a cidade presta as mulheres de sua história, como Ursula Petermann Boing.

Verônica Merten Buss

Verônica Merten Buss nasceu em 19 de julho do ano de 1909. Sua família se mudou para Vidal Ramos no ano de 1920, oriundos da localidade do Vale do Rio Capivari (região atual de São Bonifácio). Casada com José Buss teve sete filhos: Senus, Marta, Amando, Anito, Francisco, Geraldo e Celso. Ficou viúva cedo, com 4 filhos menores. A família residiu na comunidade do Mulungu.

Verônica foi parteira em Vidal Ramos durante 44 anos, atendendo também a região de Leoberto Leal (Macuco) e Presidente Nereu. Aprendeu esta profissão com sua mãe, Carolina e, sentindo a necessidade de se aperfeiçoar, fez um curso de parteira em Blumenau. Sempre lutou pela aposentadoria nessa profissão, mas não foi reconhecida.

A maioria das mulheres atendidas se orientavam pela mudança da lua para chamá-la. Dona Verônica recebia o chamado, então tinha que procurar o cavalo no pasto a qualquer hora do dia ou da noite, pois era o seu meio de transporte. “Mota Buss”, como era conhecida, teve vários cavalos, entre eles: Zaino, Baio, Pingo, Boneca, Marchador, Pangaré. Havia outras situações em que as famílias vinham buscá-la com suas carroças, charretes ou com seus cavalos encilhados. 

As estradas eram ruins, “picadas no mato pelos peraus” que, muitas vezes, a faziam descer do cavalo para atravessar. Se chovia muito, tinha que esperar as águas dos rios baixarem. As dificuldades eram muitas, mas não intimidavam dona Verônica em seu corajoso ofício.

 Nos seus atendimentos, em algumas ocasiões, tinha que esperar alguns dias na casa de uma parturiente. Deixava seus filhos, trabalhando e cuidando da roça, para exercer a sua missão em ajudar as pessoas. As famílias atendidas, muitas vezes, pessoas muito pobres que não tinham cama para oferecer à parteira, então ela dormia no chão e cobria-se com a capa de chuva, que sempre carregava, ou cochilava em uma cadeira, como ela relatava. 

Dona Verônica cobrava por seus serviços, no entanto, caso a família não tivesse recursos e, em muitos casos não tinha, ela atendia voluntariamente. Em situações em que ela sabia que a família era muito pobre, levava um café ou outro alimento para compartilhar.

Como todo lugar, em Vidal Ramos também chegou o progresso e dona Verônica, em seus últimos atendimentos, viajava com o Jeep da prefeitura, até que se instalou no município o Hospital. Contudo, diante de toda a sua experiência, alguns chamados ainda foram atendidos. A maioria das crianças nascidas, a partir do seu trabalho, foram, carinhosamente, registradas por ela em um caderno que permanece guardado até hoje.

Mota Buss faleceu no dia 7 de agosto de 1998. Homenagear dona Verônica, em uma sala no hospital municipal de Vidal Ramos, é materializar todo o carinho e amor que ela colocava em sua profissão, como parteira, em prol das pessoas da cidade. Local que, apesar das dificuldades, criou sua família e chamou de lar.

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